A Prefeitura de Cabo Frio apoia a XXII edição do Marlim Invitational, um dos mais representativos
torneios de pesca esportiva oceânica do Brasil, que acontece de 01 a 09 de
fevereiro. O evento é promovido pelo Iate Clube do Rio de Janeiro (ICRJ) por
meio da subsede da instituição no município e será realizado em três etapas. A
cidade foi escolhida por ser reconhecida, internacionalmente pelos adeptos da
prática, pela ocorrência de marlins acima de mil libras.
De acordo com as regras da competição, todos os peixes
capturados devem ser liberados e, segundo os organizadores, esta medida
classifica o torneio como de boas práticas sustentáveis. Para que a pontuação
seja válida, os esportistas devem, obrigatoriamente, usar câmeras para
comprovação tanto da espécie quanto da libertação dos animais apreendidos. A
embarcação vencedora estará pré-qualificada a participar do concorrido Offhore World Championship 2020, que acontece de
19 a 24 de abril na Costa Rica.
Considerado o grande predador dos mares devido à fama de
guerreiro por sua agilidade e resistência, o marlim-azul é o maior das seis
espécies que habitam o Oceano Atlântico. Além dele, há o marlim-branco, o sailfish, o spearfish, o
marlim-polegar e o swordfish. Apesar
das condições adversas, como ventos fortes e mar alto, é grande a expectativa
de organizadores pescadores esportivos, que classificam como “excelente” a
costa cabo-friense.
“A expectativa em Cabo Frio
sempre é grande. Estamos em busca dos peixes acima de mil libras (500 quilos) e
a região está entre os poucos lugares do mundo onde eles são encontrados”,
destacou o comodoro do ICRJ, Vicente Arruda.
Em Cabo Frio, o recorde brasileiro em torneio oficial é do
pescador Eurico Soares capturou, em fevereiro 2001, um marlin-azul de 575
quilos na lancha Komplott, de José Roberto Valente
Wagner. Em homenagem à apreensão, uma estátua do peixe está em exposição na
Praça da Cidadania e, por ocasião da competição, será fixada uma placa com os
dados do animal e do esportista.
Projeto Marlim
A proposta surgiu para desenvolver estudos que colaborassem
para a conservação dos peixes-de-bico e a pesquisa científica encontrou
respaldo nos grupos de pescadores esportivos. Estes adotaram as modalidades de
pesque e solte (catch & release) e marque e
solte (tag &release) nos torneios e os cientistas
participam a fim de realizarem o projeto.
Os peixes são devolvidos ao mar
com uma marca convencional ou eletrônica e, quando recapturados, têm trazido
novas informações sobre as migrações e as taxas de crescimento dessas espécies.
Além dos projetos de marcação, são desenvolvidos estudos complementares sobre
estágios maturacionais, hábitos alimentares e DNA.
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