Meu pai "Garcia" e meu filho "Andrew" |
Hoje meu pai, o grande poeta, Oty
Garcia, completa 83 anos de uma linda e longa história de vida, um guerreiro e
vencedor nessa insana batalha que é a vida. Por isso parabéns meu pai, 83 anos
não se faz todos os dias.
Como após trabalhar 14 horas seguidas em uma Pesquisa Qualitativa com um roteiro gigante (2h30min de duração por grupo) não me deixam muito inspirado, vou colocar aqui uma parte de uma carta (não eletrônica) que mandei a meu pai em janeiro desse ano.
...Agora passada às amenidades do cotidiano, vamos falar de um tema importante de sua missiva, sua entrada para a história como um homem “insensível”. É meu pai! Infelizmente a história recente, aquela que é passada oralmente e por relatos dos personagens que viveram as experiências interpessoais, você realmente passará pelo julgo dos que conviveram com um homem pouco dotado da capacidade de lidar com os sentimentos e amenidades alheia, será julgado como um homem incapaz de dizer “eu te amo”, pelo menos nessas minhas décadas de vida, infelizmente, nunca ouvi essas palavras serem pronunciadas a partir de seus lábios.
Mas de fato, e com sinceridade, o Poeta não está nem um pouco preocupado com esse julgamento!
Mas...
E como costumo dizer em meus textos políticos: - “Mas a vida tem sempre um mas...”
Mas o Poeta graças a suas obras literárias não ficará apenas registrado através de suas relações interpessoais, suas cartas, poesias, contos e crônicas, levaram você para o universo daqueles que não conviveram cotidianamente sua realidade, e nesse universo meu caro Poeta seu julgamento será do homem dotado das bênçãos dos deuses da literatura e que com sua profunda sensibilidade emocionou corações, transportou os passageiros dos sonhos por linhas mágicas e profundas.
No entanto, pela crença da maioria, todos esses julgamentos ainda são secundários e o julgamento de fato, aquele derradeiro, se dará no decorrer de mais algumas décadas, quando finalmente as luzes da ribalta se apagarem e a grande cortina dos nossos palcos se fecharem, e esse julgamento Poeta, caso de fato exista, é o que de fato marcará a importância de nossas obras e os relacionamentos interpessoais que mantivemos por toda uma vida.
O que te posso dizer é que se nesse julgamento, caso eu fosse convocado como testemunha sobre o Poeta, Pai e Amigo, daria os seguintes testemunhos aos seus ilustres Juizes:
- O Poeta despertou em mim o interesse pela literatura, história, artes, música, conhecimento, e hoje a cultura que tenho se deve a esse despertar provocado pelo Poeta, sem ele seria apenas mais um nessa multidão de iletrados, não teria vivido emoções das conquistas de Alexandre, não lamentaria o assassinato de Cezar, não saberia que o Rei Leônidas com mais 299 infernizou a vida de Xerxes filho de Dário, não conheceria o frondoso bigode de Nietzsche, e nem teria sentado nas praças Gregas para ouvir Sócrates e Platão.
- Sobre o meu Pai senhores Juizes posso dizer que tive uma infância muito feliz, conheci coisas que nenhum amigo meu conheceu, vivi experiências inacreditáveis e com direito a ÓVNIS (foram mais de um), ri e brinquei muito com esse homem. Posso também dizer sobre esse homem (meu Pai) que ele apesar da pouca sensibilidade para lidar com outros humanos e da sua incapacidade de dizer “eu te amo”, demonstrou por inúmeras vezes esse amor, me ajudando a atravessar momentos difíceis.
E se os nobres juizes me perguntarem: “Mas ele não errou com você?”, responderei com muita calma: “Claro que sim! Errou muito! Mas eu também errei muito com ele... e hoje eu erro com meu filho... Por sinal senhores Juizes se vocês construíram esse planeta também erram muito... já pensaram nisso?”
- Sobre o Amigo posso dizer que é dono das melhores e mais diversificadas prosas que alguém pode ter, é um contador de “causos” espetacular, além de ter uma cultura gigantesca e que merecia ser armazenada em um “HD” e transmitido via “Matrix” a quem merecesse. E foi meu amigo nos momentos de sufoco e alegria.
Senhores Juizes esse é realmente um excelente Amigo, um Poeta com dons divinos e um Pai que cumpriu com maestria sua missão; deixem-lhe atravessar as portas do Shangri-la onde o tempo parece deter-se em ambiente de felicidade, nesse local especial onde a convivência harmoniosa entre pessoas das mais diversas procedências impera, que veja as mais lindas e perfeitas paisagens e desfrute de tudo aquilo que James Hilton nos contou e hoje com certeza também desfruta.
Como após trabalhar 14 horas seguidas em uma Pesquisa Qualitativa com um roteiro gigante (2h30min de duração por grupo) não me deixam muito inspirado, vou colocar aqui uma parte de uma carta (não eletrônica) que mandei a meu pai em janeiro desse ano.
Carta enviada a meu Pai em janeiro de 2014
...Agora passada às amenidades do cotidiano, vamos falar de um tema importante de sua missiva, sua entrada para a história como um homem “insensível”. É meu pai! Infelizmente a história recente, aquela que é passada oralmente e por relatos dos personagens que viveram as experiências interpessoais, você realmente passará pelo julgo dos que conviveram com um homem pouco dotado da capacidade de lidar com os sentimentos e amenidades alheia, será julgado como um homem incapaz de dizer “eu te amo”, pelo menos nessas minhas décadas de vida, infelizmente, nunca ouvi essas palavras serem pronunciadas a partir de seus lábios.
Mas de fato, e com sinceridade, o Poeta não está nem um pouco preocupado com esse julgamento!
Mas...
E como costumo dizer em meus textos políticos: - “Mas a vida tem sempre um mas...”
Mas o Poeta graças a suas obras literárias não ficará apenas registrado através de suas relações interpessoais, suas cartas, poesias, contos e crônicas, levaram você para o universo daqueles que não conviveram cotidianamente sua realidade, e nesse universo meu caro Poeta seu julgamento será do homem dotado das bênçãos dos deuses da literatura e que com sua profunda sensibilidade emocionou corações, transportou os passageiros dos sonhos por linhas mágicas e profundas.
No entanto, pela crença da maioria, todos esses julgamentos ainda são secundários e o julgamento de fato, aquele derradeiro, se dará no decorrer de mais algumas décadas, quando finalmente as luzes da ribalta se apagarem e a grande cortina dos nossos palcos se fecharem, e esse julgamento Poeta, caso de fato exista, é o que de fato marcará a importância de nossas obras e os relacionamentos interpessoais que mantivemos por toda uma vida.
O que te posso dizer é que se nesse julgamento, caso eu fosse convocado como testemunha sobre o Poeta, Pai e Amigo, daria os seguintes testemunhos aos seus ilustres Juizes:
- O Poeta despertou em mim o interesse pela literatura, história, artes, música, conhecimento, e hoje a cultura que tenho se deve a esse despertar provocado pelo Poeta, sem ele seria apenas mais um nessa multidão de iletrados, não teria vivido emoções das conquistas de Alexandre, não lamentaria o assassinato de Cezar, não saberia que o Rei Leônidas com mais 299 infernizou a vida de Xerxes filho de Dário, não conheceria o frondoso bigode de Nietzsche, e nem teria sentado nas praças Gregas para ouvir Sócrates e Platão.
- Sobre o meu Pai senhores Juizes posso dizer que tive uma infância muito feliz, conheci coisas que nenhum amigo meu conheceu, vivi experiências inacreditáveis e com direito a ÓVNIS (foram mais de um), ri e brinquei muito com esse homem. Posso também dizer sobre esse homem (meu Pai) que ele apesar da pouca sensibilidade para lidar com outros humanos e da sua incapacidade de dizer “eu te amo”, demonstrou por inúmeras vezes esse amor, me ajudando a atravessar momentos difíceis.
E se os nobres juizes me perguntarem: “Mas ele não errou com você?”, responderei com muita calma: “Claro que sim! Errou muito! Mas eu também errei muito com ele... e hoje eu erro com meu filho... Por sinal senhores Juizes se vocês construíram esse planeta também erram muito... já pensaram nisso?”
- Sobre o Amigo posso dizer que é dono das melhores e mais diversificadas prosas que alguém pode ter, é um contador de “causos” espetacular, além de ter uma cultura gigantesca e que merecia ser armazenada em um “HD” e transmitido via “Matrix” a quem merecesse. E foi meu amigo nos momentos de sufoco e alegria.
Senhores Juizes esse é realmente um excelente Amigo, um Poeta com dons divinos e um Pai que cumpriu com maestria sua missão; deixem-lhe atravessar as portas do Shangri-la onde o tempo parece deter-se em ambiente de felicidade, nesse local especial onde a convivência harmoniosa entre pessoas das mais diversas procedências impera, que veja as mais lindas e perfeitas paisagens e desfrute de tudo aquilo que James Hilton nos contou e hoje com certeza também desfruta.
Cabo Frio, 21
de janeiro de 2014.
Alessandro Jezini Garcia
(Álex Garcia)
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