Bem, fui entrar nesta disputa com o Chicão (disputa de brincadeira, lógico), mas acabei me empolgando, e resolvi fazer uma saga, ou uma novela, sobre a Floresta Encantada e suas tribos. Claro está que a Floresta é uma metáfora para Cabo Frio. Resolvi tentar escrevê-la em sonetos.
Sonetos são construções poéticas clássicas, existem dois tipos: o inglês, e o italiano. Optei pelo italiano, mais conhecido entre nós, com seus dois quartetos e dois tercetos, os versos têm dez sílabas métricas, mas, claro, posso falhar em alguns, me desculpem. Um dos sonetos está com onze sílabas, mas todos os versos têm onze sílabas, ou outros não, são todos decassílabos. Quem sabe depois poderemos reuní-los e musicá-los, construindo assim uma opereta bufa rsrs. Enfim, segue o poema:
POESIA ELEITORAL
Soneto indigenista II
Perdido na cidade, o índio Alfredo
Bem na Branca parou sob a marquisa,
Foi então que um Xamã, muito em segredo,
Mostrou-lhe catastrófica pesquisa.
Mas os dados ecoaram no arvoredo
E cruzaram, da cidade, a divisa.
Chegaram em Saquarema logo cedo
E o chefe Paulo Melo ouviu na brisa,
- Na verdade o índio Alfredo é uma furada!
Falou Paulo a quem dormia ao seu lado;
- Então vamos armar outra jogada!
Disse o índio Marquinho despertado;
- E quanto ao pobre Alfredo, como fica?
- Ele que procure água em outra bica.
Bem, evidentemente este poema teve o seu último verso censurado pelo próprio autor, que optou por publicar esta versão mais light.
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