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Coluna do Alexis “Malabi” Novelino.



Shopping Parque Lagos

Sei que criarei aqui muitas inimizades ou, quem sabe, apenas respeitosas e sábias opiniões divergentes.
Segue abaixo o relato do porque sou favorável à construção do Shopping Park Lagos, contrariando a vontade de muitos ambientalistas, arqueólogos e historiadores, apesar de ter a cautela em manter seus respectivos interesses preservados.


 Indo direto ao assunto, estamos falando de uma área na qual dispõe de terreno livre de aproximadamente 134 mil m2, com erro para menos, pois usei como referência uma medição feita por intermédio do Google Earth tendo como parâmetro básico um retângulo, para ter uma noção da área que pode ser usada sem prejuízo ao meio ambiente ou ao sítio arqueológico.
Na foto disponível, observe que as áreas demarcadas são respectivamente: À esquerda o Sítio Arqueológico, a direita um lago vivo e uma faixa de areia artificial, apesar de ser areia de praia.
Todo o restante da área era uma salina e para que a mesma pudesse ser instalada, necessitou que fosse feito uma terraplanagem, ou seja, todo o fundo foi revirado, impossibilitando que qualquer objeto arqueológico possa ser recuperado em seu estado natural.

Com o alagamento da área feito propositalmente por água salgada, afinal trata-se de uma salina desativada, restringiu-se e muito o plantio de inúmeras espécies, tanto que se observa tratar de uma área com vegetação rasteira (Foto).
Consideradas essas questões, sou favorável ao seguinte acordo. Para a construção do Shopping ser liberada deverá ser exigido da empresa que pague pela escavação minuciosa de toda a área aonde não foi explorada a extração do sal e, qualquer vestígio arqueológico encontrado, deverá ser preservado por meio de um piso de vidro, criando uma espécie de vitrine.

Com isso será possível agregar ao empreendimento um Museu Arqueológico a céu aberto e in natura, o que eu desconheço haver no Brasil. A Boop, por exemplo, teria muito mais valor nessa condição do que teve depois de removida e exposta em um museu qualquer, que em nada nos beneficia. Não compreendo a necessidade de ostentar o título de achado, creio que podemos ir muito além. Não se esquecendo de preservar toda a vegetação nativa ali existente.

E convenhamos que a Jane, arqueóloga que encontrou a Boop? Ou foi de um amadorismo extremo ou preservou algum interesse escuso ao declarar que ali não teria nenhum outro vestígio arqueológico sem escavar a área não explorada pela salina, declaração essa que foi suficiente para conseguir as licenças necessárias.
Quanto ao lago vivo e a enseada artificial? Ambos podem, não só serem preservados, como também revitalizados, responsabilidades essas atribuídas ao(s) empreendedor(es) do Shopping.
Respeitadas essas observações, exige-se ainda que 30% da área da salina sejam revitalizadas com plantio de árvores nativas, nos permitindo a criação de um Parque Ecológico.
Como se pode observar é possível preservar o interesse de todos agregando valores morais e materiais, preservando a história, o meio ambiente, o lazer esportivo e o empreendedor (empregador).
Os argumentos de que o comércio irá falir não me convencem e, como exemplo, cito o MC Donalds e a Sendas. Quando a rede de Fast Food chegou todos diziam que as lanchonetes tradicionais da cidade iriam falir, enquanto elas só cresceram. Com a Sendas foi a mesma coisa, pois ela veio para fortalecer os ?pequenos? mercados, que cresceram tanto a ponto de abrirem filiais em diversos bairros.
Dizer que ali tem que ser criado um Parque Ecológico apenas, também não me agrada, pois temos como exemplo de má conservação e risco a vida, diversos pontos turísticos abandonados por toda a cidade.
Se o projeto sugerido for aceito, a segurança de toda a área deverá ser de responsabilidade do Shopping e não há dúvidas que ela será feita com mais zelo que pelo poder público, mas não entendam com isso que evitará alguns delitos, pois eles acontecem até mesmo dentro das casas tidas como mais seguras.
Sei que há um forte movimento contrário à construção do Shopping, movimento esse que os argumentos não me convenceram ainda, mas isso não impede que alguém apresente um estudo sério que me convença apoiar esse movimento.
Querer um Parque Ecológico por querer e sem ter que assumir a responsabilidade pelo mesmo é fácil e, em minha opinião, defende um interesse radicalizado, pois todos sabem qual será o resultado final, leia-se abandono e insegurança plena na referida região.
Há, na câmara de vereadores, um entendimento de que ocorrerá o embargo da obra e eu gostaria de afirmar, vejam bem a responsabilidade que assumo, pois digo afirmar, que esse projeto sofrerá embargo até o fim das eleições, no máximo até que os próximos eleitos assumam suas funções no executivo e legislativo, respectivamente.
Passado esse período as obras voltarão e possivelmente sem muita negociação, correndo o risco de toda a área ser concretada e ai sim eu considerarei um crime e colocarei a culpa nos arqueólogos, historiadores, ambientalistas e demais classes que se julgam defensoras do tal Parque Ecológico.
Igualmente farei se esse Parque for construído e haja violência constante dentro da área projetada, pois temos ciência que não podemos ficar a mercê da segurança pública em casos como esses.
Particularmente, eu gostaria que todas as pessoas que já sofreram algum tipo de violência naquela região, que não deverão ser poucas, se apresentassem publicamente e compartilhassem dos seus desagradáveis relatos. Não me surpreenderá se no lago encontrarem diversas ossadas que de arqueologia não tem nada, pois o passado ali condena e toda a cidade tem esse conhecimento, mas preferem pagar de bons moços.
 
Em suma, essa é a minha interpretação e, respectivamente, sugestões.

Aceito qualquer opinião contrária, desde que fundamentada.

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