A empresa hispano-brasileira Mexilhões Sudeste do Brasil – MSB –
especializada na produção e venda de moluscos bivalves (mexilhões e vieiras)
está em negociações com a Prefeitura de Cabo Frio para a implantação de uma
fazenda de maricultura para o cultivo de mexilhões e vieiras no canto esquerdo
da Praia do Peró. O projeto já tem licenciamento ambiental do Instituto
Estadual do Ambiente (Inea) e está em fase de final de tratativas com a
Prefeitura de Cabo Frio e a Marinha do Brasil.
Na última sexta-feira (26), o secretário estadual de
Desenvolvimento Econômico, Emprego e Relações Internacionais, Lucas Tristão,
recebeu, no Palácio Guanabara, dirigentes do grupo Mexilhões Sudeste Brasil
(MSB), que apresentaram o projeto da fazenda de maricultura a ser implantado em
Cabo Frio. O empreendimento, previsto para começar em julho deste ano, prevê um
investimento total de R$ 414 milhões e a geração de 500 empregos diretos e
1.500, indiretos.
A fazenda marinha compreenderá 36 polígonos – 34 para mexilhões e
dois para vieiras –, que serão instalados em aproximadamente três anos.
Ocorrerão duas colheitas por ano. A primeira já está prevista para dezembro
deste ano. Até 2022, o grupo espera atingir uma produção anual superior a 17
mil toneladas.
A região de Cabo Frio é considerada uma oportunidade única para
esse tipo de negócio no Brasil, por características semelhantes às da Galícia,
cuja produção anual de mexilhão é de cerca de 250 mil toneladas. A temperatura
fria da água aqui, por exemplo, permite o cultivo de um mexilhão nativo de
altíssima qualidade. Outro atributo da área é sua capacidade produtiva equivalente
a 7% do total alcançado pela Galícia.
A estimativa é de que o empreendimento venha exercer um impacto
direto sobre a economia local, contribuindo também para fomentar o turismo na
região. O plano de negócios para os próximos quatro anos, apresentado pela
empresa à Secretaria de Desenvolvimento Econômico, inclui ainda transferência
de tecnologia e capacitação de pessoal.
Segundo o coordenador de Meio Ambiente da Secretaria de
Desenvolvimento, Mario Flavio Moreira, toda a parte de licenciamento marinho
compete ao Inea, cabendo à prefeitura as licenças para o funcionamento das
instalações terrestres.
“A prefeitura deve viabilizar uma área para as instalações de
beneficiamento dos mexilhões. Quaisquer assuntos relacionados ao licenciamento
ambiental ficam a cargo do Inea, que vem conduzindo a tramitação do processo”,
afirmou
Comentários
Postar um comentário