PRAÇA DAS ÁGUAS CABO FRIO - DESCASO OU DESCONHECIMENTO? PARTE II
Essa matéria eu já havia publicado em meu blog em 16 de janeiro de 2012, ou, seja por volta de 15 dias atrás. Resolvi trazer essa matéria para a minha coluna Passando a Limpo no Blog do Cartão Vermelho, Hoje 31 de janeiro de 2012, data em que escrevo essa coluna, ao passar na praça das águas, pude verificar que esse fabuloso patrimônio paisagístico, continua apresentando os mesmos problemas, de ordem visual e por que não dizer ambiental. Dessa forma então resolvi acompanhar de perto o tratamento que estão dando não só a qualidade da água, como ao ecossistema que foi ali formado, assim como também a população que transita ao redor, para tirar fotografias, ou apreciar esse enorme lago artificial de água doce, porem não podemos esquecer que s mesmas estão na maioria das vezes, próximas a liberação do Spray formado pelo chafariz.
Alguns aspetos são primordiais a serem observadas, conservação e limpeza, controle físico químico e microbiológico das águas recirculantes e que a população tenha acesso a esse controle.
Então vamos a matéria:
Estou em Cabo Frio há um ano, e realmente vejo como Deus foi generoso com essa cidade, que é dotada de um clima fantástico, onde a ventilação natural é algo que na maioria das vezes está presente e por muita das vezes chega a substituir a climatização artificial, porem também vejo que apesar de toda essa generosidade do criador, o homem não vem dando continuidade a manutenção dessa obra, ou seja, é necessário que o homem além de cuidar do meio ambiente natural também preserve o meio ambiente artificial, contudo, o que vem a ser meio ambiente?
A Lei 6938 de 31 de agosto de 1981- (Política Nacional de Meio Ambiente), em seu art.3º, I, definiu Meio Ambiente como:
O Conjunto de Condições, leis, influências e interações de ordem física, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas. Posteriormente, com base na Constituição Federal de 1988, passou-se a entender também que o meio ambiente divide-se em físico ou natural, cultural, artificial e do trabalho.
Passando a limpo as definições de meio ambiente temos:
Meio ambiente físico ou natural é constituído pela flora, fauna, solo, água, atmosfera etc., incluindo os ecossistemas (art. 225, §1º, I, VII).
Meio ambiente cultural constitui-se pelo patrimônio cultural, artístico, arqueológico, paisagístico, manifestações culturais, populares etc. (art.215, §1º e §2º).
Meio ambiente artificial é o conjunto de edificações particulares ou públicas, principalmente urbanas (art.182, art.21, XX e art.5º, XXIII).
Mediante a tudo que foi dito, fico sem saber se é descaso ou desconhecimento,
Mas por que digo isso?
Na belíssima Praia do Forte existe uma fabulosa obra (como foi dito acima), que foi a construção da Praça das Águas, na verdade se trata de um enorme lago de água doce com um volume estático, “segundo informações” de aproximadamente 1500 M3, possui peixes de água doce, chafariz, cascata, iluminação e pedras cenográficas.
A Praça das Águas como todas as fontes ornamentais passam a fazer parte do meio ambiente cultural da cidade, como tal e de acordo com a Política Nacional de meio Ambiente (PNMA) Lei 6938 de 31 de agosto de 1981, ela deve ser preservada e cuidada, haja vista ser um patrimônio da cidade, e também local de altíssima quantidade de visitantes, o que aumenta mais ainda com a chegada do verão e possibilita um contato maior das pessoas com o aerosol liberado pelo chafariz e cascatas. Logo fica a sugestão de que seja realizado tratamento específico visando a melhoria do aspecto da água, assim como um rígido controle da qualidade da água circulante (físico-químico e microbiológico), pois existe um circuito aberto com recirculação de água, que caso já não venha sendo realizado, que se passe a fazer um acompanhamento analítico, incluído cor, odor, materiais flutuantes, aspecto e pH dentre outros itens incluindo análise microbiológica especifica. Tais ações visam não só preservar a beleza da praça das águas, com uma água de melhor aspecto, mas também preservar os frequentadores, haja vista os mesmos sempre ficarem muito próximos da cascata e chafariz, e como já mencionei os mesmos produzem spray.
Abaixo inseri algumas fotos que demonstram a nossa preocupação com a conservação desse belíssimo patrimônio, assim como, também com as pessoas que freqüentam o local incluindo eu e a minha família. É fato que desde o dia 10/0/2102 a situação em nada melhorou, estou inserindo algumas fotografias tiradas em 31/01/2012, com o intuito de compararmos a atual situação da praça das águas e se foram tomadas providencias visando mitigar o problema.
Mais uma vez eu ressalto que existem diversas formas de se trabalhar preventivamente, seja melhorando o estado atual da água por intermédio de tratamentos adequados, assim como realizando um rígido controle da qualidade físico químico e microbiológica (análises específicas) da mesma. Nessa espécie de linha do tempo (fotografias), todos nos podemos observar que a praça das águas continua com processo de desenvolvimento de algas bastante acentuado, não aparentando que foi realizado um de plano de ação especifico, para mitigar o problema. Volto a frisar que existem ainda alguns procedimentos que se fazem necessário, quando se existe presença de vida em lagoas artificiais, tanto no que se refere a peixes e pessoas ao redor, sendo imperativo que se realizem um tratamento especifico visando o combate das algas e demais contaminantes sem agredir o meio.
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