RELATÓRIO DA CPI DO HOSPITAL DA MULHER –
IRREGULARIDADES, IMPROBIDADES E PROVAS ARROLADAS NA CPI
Visando a missiva de reconstrução dos fatos da forma
mais fidedigna possível, possibilitando ao Juízo uma decisão justa com base nas
evidências relatadas, a CPI do Hospital da Mulher realizada pela Câmara de
Vereadores de Cabo Frio nos surpreende pelo farto material probatório.
Relacionaremos a íntegra do rol de provas da CPI do
Hospital da Mulher
· Livros de Atendimento do Hospital da
Mulher NOV/DEZ/2018 e JAN/19
· Livros de Internações do Hospital da
Mulher NOV/DEZ/2018 e JAN/19
· Os Prontuários das gestantes que
perderam os bebês
· Os Livros de Pedidos de Medicamentos
· Relatório do Farmacêutico Responsável
· Livro de Óbitos 2017/2018/2019
· Relatório do Conselho Municipal de Saúde
· Documentos CREMERJ
· Jornais Locais
· Boletins de Ocorrência da 126ª. DP
· Oitivas realizadas na Câmara de
Vereadores de Cabo Frio e ALERJ
Isto posto, passamos a relacionar as IRREGULARIDADES
CONSTATADAS, destacando as quais julgamos mais graves por sua importância e as
mais grotescas por sua primariedade e simplicidade de solucionar.
· As fichas de entradas e as fichas de
internação são feitas a mão, estando muitas vezes ilegíveis, rasuradas ou com
divergência de informações.
· Há inúmeras denúncias sobre a negativa
de acesso ao prontuário médico por parte da gestante ou representante legal.
· O Relatório do Farmacêutico Responsável
afirma que no setor não há sistema informatizado para melhor controle de
entrada e saída, não há espaço físico adequado para armazenamento de
medicamentos e insumos, e em alguns momentos há falta de formulários para fazer
solicitação ao setor competente.
· Há denúncias de que não está sendo
garantido à gestante o direito à presença de um acompanhante
· Falta Médico Obstetra plantonista de
quinta-feira
· Falta Médico plantonista exclusivo para
UTI Neo Natal
· Regularização de fornecimentos de
medicamentos e insumos hospitalares, visto que a fiscalização identificou falta
de diversos itens
· Falta um Farmacêutico 24 horas na
unidade hospitalar
· Falta leito de RPA – Recuperação Pós
Anestésica
· Inexistência de uma Comissão de revisão
de óbitos e revisão de prontuários
Há de se ressaltar que foram encontrados problemas
em quase todos os prontuários analisados: falta de legibilidade, falta de carimbo,
falta de assinatura das condutas, falta de preenchimento de data e hora,
problemas na evolução do paciente, inconsistências entre dados inseridos pelos
médicos com aqueles inseridos pelos enfermeiros, falta de descrição de exame
físico ou descrição do exame incompleto, atestado de óbito preenchido de
maneira incorreta, divergência de terminologia para descrever o mesmo fato, e
uso de protocolos sem análise da situação concreta.
E por último o mais alarmante relato:
Mais de 70% dos Atestados de Óbitos foram
preenchidos como a causa mortis sento “anóxia intrauterina”. Porém conforme
parecer da atual Diretora do Hospital da Mulher Dra. Tânia, a anóxia
intrauterina, normalmente não é a causa primária de morte de bebês, mas a
consequência de uma determinada patologia.
Não tem como ler e não se emocionar!
Nenhum dos 17 (dezessete) bebês passou por uma
necropsia.
Alguém tem que responder por essas vidas!
E quem nomeou também tem que ser responsabilizado!!!
E agora DOUTOR
Por Marcos Chaves
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