BRASIL: SEXTA ECONOMIA DO MUNDO; UMA VISÃO
REAL, MAS OTIMISTA.
Depois de passarmos 21 anos
vivendo sob um regime militar, momento em que fomos cerceados de, dentre várias
coisas a liberdade de expressão, do direito democrático de escolher nossos
governantes, ou seja, em alguns casos até mesmo de pensar. Tivemos na censura,
olhada por vários aspectos, um instrumento capaz de tolher um povo ou um país
de caminhar rumo ao desenvolvimento e, conseqüentemente, ao progresso como um
todo. Hoje, 48 anos depois, ainda
sentimos na pele a força daquele período, estamos engatinhando no aprendizado
democrático, perdemos o embalo, perdemos o insite, crescemos meio que à deriva.
O país que ainda é muito jovem
comparado às potências mundiais, sente as privações da época, somos um
continente em forma de país, sobra natureza para atrair progressos, faltam
mentes equilibradas para conter os aloprados pelo poder, independente de siglas
partidárias, a idéia social democrata de uma distribuição de renda e de
conhecimento mais equânime emperra na medida em que aumenta a arrecadação e
acelera o produto interno bruto do país fazendo o vil metal falar mais alto do
que a bandeira do idealismo.
Apesar disso, acredito que nem
tudo é tão ruim, reconheço que é inegável que crescemos bastante e os números
da economia nos últimos 20 anos são suficientes para afirmar que, sim,
avançamos consideravelmente nas questões econômicas. Mas, claro, poderíamos
estar em patamares melhores. Ok, dentro de um contexto de crise que se arrasta
por boa parte do mundo, conseguimos evoluir e apresentar para grande parte da
população condições necessárias para acreditar no país.
É lógico que concordo com aqueles
que mostram o noticiário recheado de milhares de pessoas que são vítimas do mau
atendimento público e se desesperam aguardando atendimento no SUS; notícias de
muitos brasileiros ainda desamparados pelo Estado, muitas vezes passando fome,
também chamam minha atenção, ou ainda, os resultados pífios em educação, não só
a nível interno, como externo, em que ficamos apenas em 88º lugar no ranking
entre todos os países no mundo. Sei que dificilmente não encontraríamos este
resultado, pois lamentavelmente não há, ou ainda existe muito pouca política de
valorização real à educação, priorizando a qualidade e não a quantidade, sem
falar no desrespeito e abandono aos professores. Mas, se olharmos o Brasil de vinte anos atrás,
é nítida a diferença: o desenvolvimento de nosso país tornou muita coisa
possível.
E não é difícil descobrir qual é
o grande e grave problema do Brasil: A CORRUPÇÃO. Dados preliminares apontam
que, só em 2011, por exemplo, só no caso de cinco ministérios investigados pela
CGU (Controladoria Geral da União) houve indícios de desvios que somam R$ 1,1
bilhão, fora no âmbito estadual e municipal. Para manter o exercício do tempo,
imagine o transcorrer dos últimos 20 anos. Quanto de dinheiro público seguiu o
caminho da corrupção em detrimento das reais necessidades do país? Pense
adiante: mantendo o mesmo padrão nos próximos 20 anos, quanto ainda será
desviado se continuarmos tolerando essas práticas?
Está mais do que claro que para
chegarmos a níveis europeus de crescimento, a população brasileira precisa
também crescer como sociedade organizada – isso para que tenhamos atitudes que
nos dêem o direito de cobrar os governantes. Precisamos seguir em frente como
um todo, deixar de apenas ajudar aqueles que estão à margem da sociedade, mas
definitivamente trazê-los para dentro dela, sabemos que para combater a pobreza
extrema a ajuda social é fundamental, mas não podemos dar a sensação eterna de
um assistencialismo que fomenta a pobreza.
Demerval Soares
Bacharel em Administração de
Empresas e
Pós-graduado em Gestão Empresarial
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