O bê a bá
Fui de uma época que meninas que
se formavam professoras no Instituto de Educação na Tijuca, enchiam os pais de
orgulho e eram respeitadas pela honraria de tal formação.
Com o tempo o magistério foi se tornando apenas um meio de garantir a segurança de um emprego, e a vocação deu lugar a um mero amparo a tal estabilidade. Qualquer um sem o menor interesse pela responsabilidade e o compromisso de se tornar educadores, foram se formando para tentar uma vaga em concursos públicos. E a saudade da professorinha que ensinou o bê a bá, foi ficando cada vez mais pra traz, na lembrança de quem viveu uma época, onde se formar professor, era garantir um status digno das mais altas patentes.
Hoje, infelizmente, a coisa degringolou a tal ponto, que professores e alunos se tornaram algozes um do outro, tendo a federação como o carro chefe,desse trem desgovernado... Vítimas de uma educação falida, de um modelo educacional decadente, de uma classe que agoniza diante da falta de estrutura, de reconhecimento, e de alunos que chegam as escolas totalmente perdidos, sem nenhuma estrutura familiar, carentes de tudo e que explodem suas revoltas pra cima dos professores, dos próprios amigos, numa selvageria cada vez mais crescente.
Problema crônico, que tem na sua essência (o carro chefe), toda uma gama de problemas sociais como: injustiças, desajustes, desigualdades, desempregos, que proporcionam a carência afetiva, os abusos, a desestruturação da família e toda sorte de infortúnios que criaram ao longo do tempo, essa sociedade cada vez mais desequilibrada, afetando não só a classe mais pobre, como também os ricos.
O que hoje acontece em Cabo Frio, acontece no país inteiro, resultado da falta de investimentos, de valorização e de políticas publicas mais eficientes que realmente pudessem tornar a Educação, um modelo forte, para evitar ou pelo menos prevenir tantas outras desigualdades.
Um povo bem educado, saberia compreender os momentos mais difíceis, que qualquer cidade ou país de 1º mundo pode atravessar.. Se passamos por uma crise financeira, quantos países já passaram por situações piores em meio a catástrofes naturais, porem se ergueram das cinzas,porque foram educados pra isso. Souberam sobreviver as mais duras e tristes realidades,que nem se comparam ao que estamos atravessando., porem, tiveram desde sempre a Educação como seu principal esteio,para enfrentar com sabedoria as tragédias, os males ou qualquer outro tipo de agente nocivo, que pudesse desestabilizá-los como sociedade.
Infelizmente no Brasil nunca se pensou assim! E olha que não temos terremotos, tsunamis e nem guerras, mas talvez temos coisa pior um Congresso Nacional.
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