Refletindo claramente as
divergências entre os dirigentes da entidade, o SEPE acaba de decidir em
assembleia pela finalização DO ANO LETIVO DE 2015, lançando os resultados em
folha e permitindo que alunos façam matrícula ou peçam transferência, mas
PERMANECERÁ EM ESTADO DE GREVE, ou seja, SEM AULAS.
Desde o dia 29 de janeiro a volta às atividades está determinada pela Justiça, penalizando com multa diária de 50 mil reais o descumprimento.
Considerando os dias corridos de
desacato á determinação Judicial (de 16/02 ao atual 07/03), o Sindicato já deve
á Justiça a soma de R$1.000.000,00 (um milhão de reais), mas dinheiro não
parece ser problema para o SEPE.
A decisão dupla – é greve mas não é – deixa claro o reconhecimento do abuso claro e ostensivo de tomar o ano letivo como refém em suas negociações. Por outro lado, a permanência em “estado de greve” não só representa a continuidade do palanque eleitoral como expõe, de maneira evidente, a desunião que impera entre seus dirigentes – uns mais radicais que outros, alguns mais razoáveis, outros intransigentes, unidos apenas pela greve salvadora.
A decisão medrosa nada resolveu – apenas demonstrou que reconhecem os abusos mas que não podem abrir mão de seu palanque. Enquanto isso, milhares de crianças continuam sem aulas.
A vergonha parece não ter fim.
Walter Biancardini
Jornal Opinião
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