Os trabalhadores ambulantes e demais permissionários
que atuam nas praias de Cabo Frio esperam, até esta quinta-feira (30), por uma
definição da Prefeitura sobre a liberação para a volta das atividades. De
acordo com o presidente da associação da categoria, Luciano Dias de Mello, o
prazo se refere a uma promessa feita pelo Gabinete de Crise de que será feita
uma consulta junto ao Ministério Público sobre a situação.
Luciano lembrou que as atividades nas ruas, praças e
avenidas foram liberadas após um protesto dos trabalhadores, inclusive com
fechamento da Ponte Feliciano Sodré, mas disse que não foi dada qualquer data
para a retomada nas praias. O diretor da associação pediu o mesmo tratamento
destinado a outros segmentos comerciais que tiveram a permissão para retornar
ao trabalho. Caso o silêncio da Prefeitura persista, haverá novas
manifestações.
– O que a gente quer é uma data pra voltar às
atividades na praia. Eles ficaram de dar uma posição até quinta-feira. Ficaram
de mandar um ofício do Gabinete de Crise para o Ministério Público, para ver
uma maneira da gente voltar, com redução de material, com EPI, como está
fazendo todo o comércio. Não tem porque a gente não estar trabalhando. Cabo
Frio já abriu todo. Abiu o shopping que é pior, que é fechado, imagina a praia,
que tem um risco bem menor de contaminação, que é lugar aberto. Então a gente
vai esperar até quinta-feira e se não houver resposta, a gente vai fazer outra
ação, mas não vai ser um ato de clamor, e sim um ato ‘mais forte’. A gente quer
resolver na conversa, o que não dá é para ficar esperando cinco meses a boa
vontade do poder público de permitir o trabalho nas praias – disse Luciano.
No último domingo (26), os ambulantes e barraqueiros
fizeram um ato religioso e de protesto na Praia do Forte para chamar a atenção
das autoridades quanto aos problemas financeiros ocasionados por causa da
proibição das atividades comerciais nas areias. A manifestação chamou a atenção
dos banhistas, que encheram o local, apesar do decreto que proíbe a permanência
para atividades recreativas. Apenas a prática de esportes individuais está
liberada, no momento.
Conforme a Folha publicou em primeira mão ainda neste
domingo (26), o Conselho Municipal de Turismo de Cabo Frio pediu à
Procuradoria-Geral do Município que faça uma consulta sobre a volta das
atividades recreativas e comerciais nas praias da cidade. O objetivo é que o
Ministério Público Estadual e a Defensoria Pública emitam recomendações sobre o
tema. O ofício foi assinado com data da última sexta-feira (24) pelo secretário
municipal de Turismo, Paulo Cotias.
No documento, o Conselho de Turismo pede que seja
"realizada uma consulta junto à Defensoria Pública e Ministério Público,
em caráter de urgência, quanto a liberação de uso recreativo e atividades
econômicas nas praias e, em caso positivo, quais serão as recomendações com
relação a sua organização". A Secretaria de Turismo informou à reportagem
da Folha que está formatando um curso de padronização, protocolos e boas
práticas para os permissionários, que será gratuito e on-line.
Procurada nesta segunda-feira (27), a Prefeitura
informou que todas as normas previstas nos decretos 6.288 e 6.289 permanecem
vigentes e que o combate ao vírus é responsabilidade de cada cidadão. O
município segue na Zona Laranja de risco de contaminação.
Fonte: folhadoslagos.com
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