A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e a Agência Nacional
de Vigilância Sanitária (Anvisa) definiram como será a produção da vacina
contra a covid-19 desenvolvida pela Universidade de Oxford. O encontro dos
principais dirigentes das duas instituições ocorreu de modo virtual, no último
dia 19, mas só foi tornado público nesta quarta-feira (26).
De acordo com a assessoria da Fiocruz, que teve acesso
às informações da reunião, Bio-Manguinhos realizará as etapas de formulação,
envase e rotulagem da vacina utilizando as instalações do Centro de
Processamento Final (CPFI) e do Pavilhão Rockfeller, destinado à fabricação de
vacinas virais e que tem certificação de boas práticas de fabricação (CBPF) e pré-qualificação
da Organização Mundial da Saúde (OMS). Já a produção do insumo farmacêutico
ativo (IFA) será realizada no Centro Henrique Pena.
A presidente da Fiocruz, Nisia Trindade Lima, destacou
que o momento requer a união de esforços e expertises para se encontrar
soluções no mais breve tempo possível.
“A vacina só será possível com intensa articulação e
colaboração de todos os envolvidos. Para isso, os especialistas das duas
instituições atuarão de forma integrada ao processo de produção da vacina, para
que possam avaliar cada etapa, à luz da ciência, e realizar todas as análises
necessárias”, disse Nisia.
Para o diretor-presidente da Anvisa, Antonio Barra
Torres, o encontro revelou o empenho e a aproximação entre as duas instituições
para o desenvolvimento da vacina.
“A Anvisa e a Fiocruz vêm trabalhando juntas para
melhorar o combate à covid-19, com foco na discussão sobre o registro de uma
vacina. A reunião contribuiu para estreitar laços e tratar de aspectos gerais
do desenvolvimento vacinal”, disse Torres.
Segundo o diretor de Bio-Manguinhos, Mauricio Zuma,
esse alinhamento é fundamental para que o registro possa acontecer o mais
rapidamente possível, a partir da obtenção de resultados satisfatórios nos
estudos clínicos, que no Brasil estão sendo conduzidos pela Universidade
Federal de São Paulo (Unifesp), em parceria com a Universidade de Oxford.
“Essa análise prévia é uma prática de longa data que
adotamos junto à Anvisa para a incorporação de tecnologias, e só traz
benefícios para o país, na medida em que nos dá direcionamentos de medidas a
serem tomadas antecipadamente para o cumprimento das exigências regulatórias e
o apoio necessário para a importação dos insumos – no caso da vacina da
covid-19 em caráter emergencial, possibilitando a disponibilização mais
rápida de vacinas e outros imunobiológicos para o Sistema Único de Saúde”,
disse Zuma.
Fonte: agenciabrasil.ebc.com
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