Petição online cobra justiça em caso de transexual morta a pauladas e mobiliza assinaturas por todo o país
Uma petição na internet pede por justiça e já mobiliza
mais de três mil assinaturas por todo o país depois que a transexual Márcia
Shokenna Bastos da Silva, de 28 anos, foi morta a pauladas em Maricá (RJ) no
último domingo (14). O corpo da vítima foi sepultado na manhã desta terça-feira
(16). Familiares, amigos e ativistas participaram da despedida sob forte
comoção.
O crime está sendo investigado pela Delegacia de
Homicídios de Niterói e São Gonçalo.
Corpo de Márcia Shokenna Bastos da Silva, de 28 anos,
mulher transexual assassinada a pauladas em Maricá, RJ, foi sepultado nesta
terça (16) — Foto: Carlos Alves/Fórum LGBT de Maricá
Familiares da vítima pedem que as câmeras de segurança
próximas ao local do crime sejam vistas para identificarem o autor. Atá a
última atualização desta matéria, a Polícia Civil ainda não havia se
posicionado sobre o assunto.
O corpo foi encontrado em um terreno, na rua Prefeito
Joaquim Mendes, por um morador do bairro.
Segundo uma prima da vítima, Marcinha não tinha
problemas com outras pessoas.
A Secretaria de Participação Popular, Direitos Humanos
e Mulher de Maricá disse, em nota, que vem trabalhando, juntamente com as
entidades que defendem a população LGBT pela plena garantia de direitos e
cidadania e está cobrando das autoridades a solução do caso.
"Estamos cobrando das autoridades policiais para
que seja feita uma investigação séria que possa estar identificando e punindo
quem cometeu tal atrocidade, pois Maricá não se tornará a cidade do ódio”,
afirmou a pasta.
Petição online
A petição online pedindo por justiça tem gerado ainda
mais visibilidade ao caso de Márcia.
Criada na noite de segunda-feira (15) por Guilherme
Todesco, morador de Ribeirão Preto, São Paulo, o abaixo-assinado virtual espera
atingir 5 mil assinaturas.
"Eu sou gay, e nossa comunidade sempre foi
dependente de quem coloca a cara a tapa na luta por nossos direitos, travestis
e trans são os maiores alvos de ataque preconceituoso. Nós moramos no Brasil, o
país com mais mortes LGBTQ+ POR ANO, a cada 16 horas é registrado um novo
óbito. Eu criei a petição como uma forma de buscar um posicionamento do nosso
governo, nós precisamos de proteção, respeito e direitos iguais a todos, juntos
nós (população) podemos cobrar isso deles, precisamos demonstrar que não
estamos satisfeitos com esse descaso com nossa comunidade", desabafou
Guilherme.
Fonte: g1.globo.com
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