O presidente
Jair Bolsonaro assinou nesta quinta-feira (6), durante cerimônia no
Palácio do Planalto, medida provisória que libera cerca de R$ 2 bilhões para a
produção de uma vacina
contra a covid-19. A previsão é que o primeiro lote de vacinas produzidas
no Brasil deve ficar pronto a partir de janeiro de 2021.
"Hoje o governo federal reforça mais uma vez o
seu compromisso em salvar vidas com a sua assinatura nesta medida provisória
estamos garantindo a aplicação de recursos a uma vacina que tem se mostrado a
mais promissora do mundo. O investimento é significativo, não apenas no seu
valor, quase R$ 2 bilhões, mas também aponta busca de soluções que permitem ao
Brasil desenvolver tecnologia para proteção dos brasileiros", afirmou o
ministro interino da Saúde, general Eduardo Pazuello.
Durante a cerimônia, o presidente Jair Bolsonaro em
seu discurso voltou a defender o uso da hidroxicloroquina no tratamento da
covid-19 e elogiou a atuação do ministro interino na Saúde. "Podemos dizer
que fizemos possível e o impossível para salvar vidas", disse o
presidente.
Os recursos serão destinados à Fiocruz (Fundação
Oswaldo Cruz), que tem acordo com a farmacêutica AstraZeneca para compra de
lotes e transferência de tecnologia da vacina desenvolvida pela Universidade de
Oxford, no Reino Unido. O acordo é resultado da cooperação entre o governo brasileiro
e a biofarmacêutica, anunciado no final de junho pelo Ministério da Saúde.
Pelo acordo, a Fiocruz adquire o produto antes
do término dos ensaios clínicos previstos, em função do movimento global de
mobilização e para aquisição de vacinas. O acordo com a biofarmacêutica prevê
duas etapas de produção.
A primeira estapa consiste na produção de 30,4 milhões
de doses antes do término dos ensaios clínicos, o que representaria 15% do
quantitativo necessário para a população brasileira, ao custo de 127 milhões de
dólares.
O investimento inclui não apenas os lotes de vacinas,
mas também a transferência de tecnologia para que a produção possa ser
completamente internalizada e nacional.
Ao término dos ensaios clínicos e com a eficácia da
vacina comprovada, o acordo prevê uma segunda etapa, com a produção de mais 70
milhões de doses, ao preço de custo de 2,30 dólares por dose.
Outra vacina
Outro acordo, do Estado de São Paulo com a
farmacêutica chinesa Sinovac Biotech, prevê o desenvolvimento da vacina sob
coordenação do Instituto Butantã e que está em fase de testes no Brasil.
O governador do Estado de São Paulo, João Doria,
promove uma campanha de arrecadação de dinheiro para a ampliação da fábrica de
vacinas do Butantan, com objetivo de produzir até 240 milhões de doses anuais
da Coronavac.
Fonte: noticias.r7.com
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