A Liesa (Liga Independente das Escola de Samba)
decidiu adiar os desfiles das escolas de samba do grupo especial do Rio de
Janeiro na Marquês de Sapucaí do ano que vem por conta da pandemia do novo
coronavírus.
O Carnaval de 2021 está marcado para o mês de
fevereiro, mas como até lá não há
perspectiva de vacina ou remédio em larga contra a covid-19, a decisão
foi pelo adiamento da festa, em reunião realizada na noite desta quinta-feira
(24).
As escolas ainda não definiram em que data o desfile
poderá ocorrer no ano que vem. A definição dependerá da descoberta e
disponibilidade de vacina ou remédio para a população. O cancelamento da festa
não foi descartado.
A cidade de São Paulo já havia anunciado a postergação
dos desfiles para uma data indefinida em função da pandemia. A doença provocou
uma paralisia na produção do Carnaval do ano que vem e barracões e quadras
estão praticamente parados.
Algumas escolas sequer conseguiram definir o enredo
para 2021 e houve demissões e desligamentos de funcionários das agremiações. “É
cada vez mais difícil ter Carnaval sem vacina. Desde julho não temos segurança
de que haverá e não tem como falar em Carnaval sem segurança", disse o
presidente da Liga, Jorge Castanheira.
"Não temos como fazer em fevereiro, as escolas já
não vão ter tempo nem condições financeiras e de organização de viabilizar até
fevereiro. [...] Temos que ter uma perspectiva até janeiro... porque senão
atrapalha a festa de 2022”, acrescentou Castanheira.
Para o carnavalesco Edson Pereira, é "difícil
falar de uma festa" com milhares de pessoas morrendo da doença no País.
"Eu, como artista, não posso pensar em expectativa negativa porque eu
preciso pensar em gerar felicidade às pessoas... acho que tem que ter Carnaval
sim, com todas as regras e cuidados”, disse.
O Carnaval de rua na cidade, que reúne dezenas de
blocos e milhões de pessoas, também está ameaçado. As associações e diretores
de blocos devem anunciar uma decisão mês que vem à prefeitura.
A prefeitura do Rio de Janeiro já havia anunciado
mudanças para o reveillon. A tradicional queima de fogos com milhões de pessoas
na praia de Copacabana não acontecerá. A ideia é promover uma virada de ano com
shows de luzes e apresentações musicais sem público e com transmissão pela
internet e meios de comunicação.
Fonte: noticias.r7.com
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