Outras 11 pessoas, incluindo a esposa Helena Witzel,
também estão entre as apontadas como integrantes do esquema de corrupção e
lavagem de dinheiro.
De acordo com a subprocuradora-geral da República,
Lindôra Araújo, o grupo atuou de forma semelhante aos dois últimos governadores no Rio,
com estrutura e divisão de tarefas em quatro núcleos básicos: econômico,
administrativo, financeiro-operacional e político.
A denúncia se baseia em provas recolhidas nas
operações Favorito, Placebo e Tris in Idem, além de colaborações premiadas.
“A organização criminosa chefiada por Wilson Witzel é
lastreada em três principais pilares, liderados por Mário Peixoto; Pastor
Everaldo, Edson Torres e Victor Hugo; José Carlos de Melo”, destacou Lindôra
Araújo.
De acordo com as investigações, o grupo iniciou as
atividades em 2017, com a cooptação de Witzel para concorrer ao governo, que
recebeu, ainda quando era juiz federal, quase R$ 1 milhão.
Além da condenação, Lindôra pediu a decretação da
perda dos cargos públicos, em especial em relação a Wilson Witzel, e que os
denunciados paguem indenização mínima, no valor de R$ 100 milhões.
Estrutura
A denúncia afirma que o funcionamento da estrutura da
organização criminosa foi identificado a partir da Operação Favorito, que
prendeu o empresário Mário Peixoto, apontado com um dos integrantes do núcleo
econômico do esquema.
Já o núcleo administrativo era composto por gestores
públicos do governo estadual, que solicitaram e administraram o recebimento das
vantagens indevidas pagas pelos empresários. Entre eles estão o ex-secretários
Edmar Santos e Lucas Tristão.
Já o núcleo financeiro-operacional, que tinha Helena
Witzel como integrante, era responsável pelo recebimento, repasse das vantagens
indevidas e pela ocultação da origem ilegal, inclusive por meio da utilização
de escritórios de advocacia e empresas, algumas delas constituídas
exclusivamente para esta finalidade.
No topo da pirâmide, o núcleo político era composto
pelo governador do Estado e o presidente do PSC, Pastor Everaldo. De acordo com
a denúncia, o governador afastado teve participação ativa no esquema, loteando
os recursos públicos em prol da organização criminosa, recebendo vantagem
ilícita e lavando dinheiro a partir do escritório de advocacia da
primeira-dama.
Defesas
Em nota, o governador afastado afirmou ser uma pessoa
idônea e declarou que o "vazamento do processo sigiloso" tem
interesses políticos. Por fim, atacou o ex-secretário Estadual de Saúde:
"o único dinheiro ilícito encontrado, até agora, estava com o
ex-secretário Edmar Santos."
A defesa do Pastor Everaldo disse que ainda não teve
acesso à íntegra da investigação e da delação que embasaram a prisão dele há
cerca de 20 dias.
O R7 tenta contato com as defesas de outros
citados. O espaço está aberto para manifestação.
Fonte: noticias.r7.com
Comentários
Postar um comentário