Eu
, MM e o artesanato
Hoje, Dia do Artesão! Vou
contar um pouco da minha história, com um sujeito chamado MM e a sacanagem que
ele fez há todos os artesãos de nossa terra.
Em 2008, depois de cansar de dividir o mesmo espaço que deveria ser de artesanato com os revendedores de produtos industrializados, ajudei a fundar uma associação formada apenas por aqueles que provassem a própria confecção de seus trabalhos.
Na época éramos formados na maioria por artesãos sobreviventes da feirinha da praia , do canal e alguns profissionais que não tinham espaço algum. Uma união que caracterizava a formação de uma associação que representasse o segmento e fortalecesse a classe, na construção de projetos voltados para o turismo cultural.
O Sr. MM então prefeito, nos assegurou várias promessas, com aquele sorriso frouxo e seu jeito cínico de engambelar as pessoas. Lutamos por 4 anos para conquistar um lugar ao sol, um lugar que por mérito deveria ser dos profissionais da área. Porém, apenas conseguimos lograr êxito, por um espaço na Praça Porto Rocha em condições totalmente indignas.
Participamos dos fóruns e
conferências de cultura, fui ativista assídua dos gabinetes de vereadores e do
próprio gabinete do prefeito que durante todos esses anos nos atendeu apenas 1
vez na prefeitura, após insistente apelo na câmara de vereadores. Sabe, aquela
história de humilhação que todo artista sofre pedindo pelo amor de Deus pra ser
atendido? pois é, cansamos de procurar ajuda junto aos edis que fizessem a
ponte entre os artesãos e o Dr prefeito. Pois bem, depois de muito sofrimento e
insistência, o cabra nos recebe em uma de suas coberturas na Passagem, ali
na Av. do Contorno, estando presentes o então vereador Fernando do Comilão,
Luiz Geraldo e seu chefe de gabinete Alfredo Gonçalves. Nessa época o projeto
da Praça da Cidadania ainda estava no croqui, onde de início apenas 6 pavilhões
faziam parte da estrutura. Imploramos, para que o prefeito construísse pelo
menos um pavilhão só para os artesãos, já que a associação da praia já estava
descaracterizada pelo comércio de produtos de revenda. Doce ilusão! Com a
cara mais descarada ele disse: Nada feito! Não existe espaço para passar uma
formiga, quanto mais pra fazer mais uma obra.
Saí de lá arrasada! o sonho de finalmente ter um lugar decente para a exposição e venda só de artesanato estava acabado. No entanto, 1 mês depois dessa conversa, saiu no Jornal Folha de MM, ops! dos Lagos que a Praça da Cidadania receberia a obra não só de 6 pavilhões mais de 9 construções, que seriam entregues também a feira vermelha da praia, reduto exclusivo de produtos industrializados.
A partir desse momento, começou minha indignação pela cara de pau desse sujeito que preteriu a cultura de Cabo Frio em detrimento dos votos dos camelôs, já que seu aliado a sucessão seria o Jabuti, que chegou a fazer discurso de campanha, dentro da Morada do Samba, acobertado pelo digníssimo superintendente da Morada na época, o Sr. Carlos Ernesto.
Tentando ainda ter um último suspiro, depois de muita insistência e pedidos de clemência, a 1ª vez em todos esses anos que adentramos dentro do gabinete do prefeito, como comentei, foi para ouvir da boca de MM que nós poderíamos escolher qualquer imóvel da cidade para ser transformado em Casa do Artesão e que a prefeitura pagaria o aluguel. Ou seja, o prefeito nos encheu de esperança e nos deu carta branca pra procurar qualquer local. Nessa hora ele já abusou de nossa ingenuidade, pois era completamente impossível, pessoas da sociedade civil fazerem qualquer tipo de transação imobiliária em nome da prefeitura. Na ânsia de pelo menos conseguirmos um espaço para o artesanato, tivemos a idéia de ocupar o então terreno da Érico Coelho onde os escombros da Casa do Wolney estavam lá há anos servindo de depósito de lixo. Passamos a ideia pro prefeito que na sua mais descarada e impressionante arte de fingir, foi pessoalmente acompanhado de sua família nos dar a resposta positiva, da imediata ocupação do terreno do Wolney para servir de Casa do Artesão. Neste dia estávamos todos trabalhando na Festa Portuguesa e fizemos uma festa para comemorar nossa vitória. Que pecado! Que venal! Que monstro poderia iludir tantas famílias que sobreviviam de sua arte com essa autorização indecorosa, já que descobri através da então artista plástica Beth Michel, que o terreno da Casa do Wolney estava embargado pela justiça e que o prefeito era réu no processo junto com os novos donos. Eu vi, com os meus próprios olhos todo o desenrolar processual e o nome dele tava lá Marcos da Rocha Mendes, obrigado a pagar multa pela derrubada ilegal do imóvel que era patrimônio histórico da cidade.
Para resumir essa história nesse Dia do Artesão, eu só tenho a dizer a este senhor, que hoje ainda assume a Comissão de Turismo no Congresso, que nunca na minha vida conheci um sujeito tão mau como Vossa Excelência! E que Deus foi tão bom pra mim depois de tanta safadeza que o sr. fez com a nossa classe, que me colocou no caminho de Alair Correa, que esse sim, soube valorizar o artesanato e que tenho certeza ainda fará muito pelo artesão de Cabo Frio!
Chupaaaaaaaaaaaaaaaaaa MM! pensou que eu iria chorar pitangas? Pensou que eu fosse uma pobre coitada duma artesã que não tinha onde cair morta? Pois olha eu aqui, no blog mais lido da região podendo mostrar quem realmente é você.
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