O Blog Cartão Vermelho tem a hora
de anunciar que um dos maiores quadros da Educação e Cultura do Estado do Rio
de Janeiro está de volta como colunista do Blog Cartão Vermelho, José Facury Heluy.
Segue abaixo a coluna de reestreia do Mestre
Facury.
DIANGELO, O MELHOR DA SUA ARTE
Apesar de não ser um crítico, nem
um estudioso das artes plásticas, mesmo tendo formação artística, onde me
entrego muito mais profundamente à interpretação e à grafia cênica, ás vezes
sou levado a tecer comentários, por pura admiração aos talentos, principalmente,
quando tenho a oportunidade de acompanhá-lo.
Há muito tempo venho visualizando
o desenvolvimento artístico do pintor Carlos Diangelo, no meu ver, inspirado
pela “pop art” muito mais do que ela tem de popular com o excesso de cores a
dar vida produtiva aos personagens que se vê por aí. E muito menos no
conceitual dessa arte que provocava com os elementos dos desenhos dos
quadrinhos e com os produtos que entravam no mercado, a partir da década de
cinquenta.
Nos quadros do Diangelo, diante
da técnica que o referencia a cada dia, as pinceladas que ás vezes parecem
soltas e aleatórias, ao se comporem com o todo, expressam a dramaticidade das personagens
em toda a energia vital, assim como nos tons elementares da natureza em seu
vigor e nos cenários de fundo onde ficam marcadas o desgaste que a umidade do
tempo lhes causou.
Quando eu falo da aplicação das
cores em sua obra, falo nas tonalidades aplicadas, quase todas explodindo em
emoções necessárias para que o apreciador mergulhe na psique dos personagens e
no movimento da luz e dos ventos que os envolvem. Ora, crianças, entres tons
frios com as cores de energias pulsantes, com o rosa lhe configurando a
inocência, ora com as cores de enlevo maternal... Então, vida humana, seja de
crianças, jovens vigorosos ou velhos, se mesclam com o clima que lhes envolve,
onde os singelos movimentos anatômicos dos seres tomam vida em uma contagiante
imensidão de figurações coloridas.
A “popart” do Diangelo, se é que
poderíamos chamá-la assim, nos faz ver isso tudo, sem a expiação mercadológica
que essa escola projetou ao mundo. Seria então uma pós art pop...? Várias dessas
belezas estão expostas no bar cultural Semblano, na rua Copenhagem. Nº2, em
frente à Caixa Econômica da Av. Joaquim Nogueira.
José Facury Heluy
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