Original, Genérico ou Similar?
“O socialismo não se pode
construir nem contra os cidadãos nem sem os cidadãos, e por isto não ter sido
entendido é que a esquerda é hoje um campo de ruínas onde, apesar de tudo, uns
quantos ainda teimam em buscar e colar fragmentos das velhas ideias com a
esperança de poderem criar algo novo...” Lembrei desta declaração de Saramago
após ler a coluna do Carlos Matheus neste blog, um cidadão de pouca idade, mas
com um discernimento invejável, e teve ainda mais sentido ao ler as críticas
desleais de seus “colegas” sobre sua coluna.
Se o Partido dos Trabalhadores se
tornou a maior decepção dos brasileiros que tinham como sonho um partido
oriundo da classe trabalhadora, imaginem o seu genérico? Na verdade creio que o
PSOL está mais para similar que genérico do PT. Para melhor entender esta
relação, temos que fazer um estudo sobre a diferença entre original, genérico e
similar. Remédio de marca é um medicamento inovador, inédito no mercado,
genérico é um clone perfeito do remédio de marca e similar é uma cópia
"aproximada" desse medicamento. A vantagem é que eles são mais
baratos, mas vale perguntar para o seu médico se ele recomenda o similar que
você está pensando em
levar. Assim como acontece com os medicamentos, ocorre com os
partidos políticos, pois antes de aderir qualquer ideologia temos que pesquisar
a história do partido, saber sua origem, bandeiras e metas.
É inconcebível que se fale em
democracia ou defesa de direitos, tentando impor aos estudantes uma verdadeira
ditadura de ideias e informações. O partido similar, da mesma forma que o
original, tenta dominar as ações e iniciativas dos mais variados segmentos da
sociedade. Com o recente episódio da deputada Janira do PSOL, já podemos
observar que o efeito esperado pelo medicamento similar é o mesmo do original,
o paciente ou eleitor pode aguardar como principal efeito colateral a mesma
relação promíscua e confusa entre partido, sindicatos e entidades estudantis.
Se já encontram dificuldades em separar o patrimônio das entidades de classes
do que pertence de fato ao partido, será ainda mais difícil de administrar o
dinheiro público sem que o partido se apodere de uma fatia ainda maior.
Assim como o PT, quando ainda
estava fora do poder, o PSOL adota a política do quanto pior melhor, é a
legenda que comandou, ao lado do PSTU, a greve do Metrô em São Paulo. O reajuste
obtido pela categoria acabou sendo inferior àquele que a Justiça havia
proposto. Mas a greve, que fez a cidade mergulhar no caos, era uma questão de
honra para a legenda, embora fosse um fato universalmente conhecido que o Metrô
oferecia uma das melhores estruturas de trabalho do país a seus funcionários. O
partido liderou também ao lado do PSTU uma campanha idiota contra o reitor
da USP, única universidade da América Latina a integrar o ranking das 100
melhores do mundo. Essa postura é a retomada tardia de uma estratégia que já se
demonstrou falida na década de 60, quando o PCB e a maioria das correntes de
esquerda apoiavam o governo Jango e as suas “reformas de base”, sendo incapazes
de articular qualquer resistência ao golpe.
Enquanto os marinheiros se
insubordinavam contra os almirantes e esperavam diretrizes para unificar a
resistência armada com estudantes e operários contra os militares, Jango, para
evitar um processo que pudesse sair do seu controle, fugia para seu exílio na
Argentina, e a esquerda que o apoiava assistia a tudo sem qualquer iniciativa.
Eles sempre criam condições
favoráveis para o incêndio, mas quando o fogo cresce metem o rabo entre as
pernas e deixam apenas os incautos arderem nas chamas. As manifestações de
junho tiveram tanto sucesso porque os partidos estavam fora, ninguém queria
saber se a população que estava na rua simpatizava com a esquerda ou direita.
Quando os radicais entram em ação, a população abandonou as manifestações,
sobraram apenas extremistas e policiais se espancando nas ruas.
O fato é que vivemos em um mundo
capitalista, e isso não tem volta, estamos cansados de ouvir discursos
utópicos, cuja veracidade nem mesmo seus autores estão convencidos.
Constantemente nos deparamos nas redes sociais com críticas à sociedade de
consumo, enviados por socialistas radicais através de Iphone, não aguentamos
mais tanta hipocrisia. Hoje o mundo é outro, não vivemos mais sob Atos
Institucionais, não existe mais lugar para este modelo ultrapassado de luta,
temos uma constituição e qualquer direito violado pode ser reclamado no
judiciário.
Os livros de história estão
disponíveis para que todos saibam como se dá este teatro retrógado dos partidos
de esquerda. É sempre a mesma coisa, algum bobão deixa a barba crescer, faz uma
tatuagem do porco Che Guevara no braço e tenta fazer um remake dos anos 60 e
70. Quando chegam ao poder é a mesma farra e roubalheira com dinheiro
público, o próprio Che, quando se lambuzou no poder, ocupou uma luxuosa,
moderna e confortável casa de veraneio na praia de Tarará em Cuba. Felizmente,
temos jovens como Matheus, que não se submetem as lavagens cerebrais e
expressam sua vontade de conhecer os dois lados desta moeda, fazendo suas
escolhas livremente. Belchior já cantava nos anos 70: “...No presente a mente,
o corpo é diferente e o passado é uma roupa que não nos serve mais...”
Em recente declaração feita pela
fundadora do PSOL sobre o motivo de sua saída, Heloisa Helena declarou que todo
partido tem malandros, bom seria mesmo que fossem somente malandros. E
por falar em malandragem, não custa lembrar que existem entidades que unem os
grêmios e assim representam todos os estudantes de uma região, e pelo que sei em Cabo Frio não é
diferente. Acho oportunismo e falta de caráter qualquer grêmio passar por cima
desta entidade e se apresentar como representantes de todos os estudantes da
cidade. Estamos diante de uma quartelada estudantil?
Como pude observar, tanto a UCE
como o Grêmio do IFF, utilizam frases do Genocida Guevara. Aproveito a
oportunidade para apresentar algumas outras frases, também muito
significativas, deste personagem que foi imensamente nefasto para
humanidade:
(“meus amigos são amigos enquanto
pensam politicamente como eu.”) ---
(“Os negros, os mesmos magníficos
exemplares da raça africana que mantiveram sua pureza racial graças ao pouco
apego que têm ao banho, viram seu território invadido por um novo tipo de
escravo: o português. O desprezo e a pobreza os unem na luta cotidiana, mas o
modo diferente de encarar a vida os separa completamente; o negro indolente e
sonhador gasta seu dinheirinho em qualquer frivolidade ou diversão, ao passo
que o europeu tem uma tradição de trabalho e de economia que o persegue até
estas paragens da América e o leva a progredir”.)
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