O FUTURO QUE PRETENDEMOS TER
Em uma cidade que pretende ser
considerada em desenvolvimento, é imperativo que ela se preocupe com a gestão
dos recursos naturais. Mais do que isso, ela tem de conceber formas de promover
o bem-estar humano sem permitir que seu patrimônio natural seja usado ou
degradado em troca de um desenvolvimento desordenado.
Hoje o grande problema que os administradores
de uma cidade enfrentam, é exatamente o de lutar contra a pobreza, e da mesma
forma lutar para que o desenvolvimento necessário para suprir essa pobreza não
degrade o restante do patrimônio ambiental que restou de um “desenvolvimento”,
que se deu ao longo dos anos a base de muita degradação social, ambiental e por
que não dizer humana.
Hoje é mais do que necessário
para tentar minimizar essas verdadeiras aberrações que anteriormente foram
permitidas quero crer por falta de conhecimento técnico/político, ou quem sabe
má vontade com relação as questões sócio ambientais, que antes de qualquer
planejamento político, seja criado um conjunto de regras e simultaneamente seja
realizada uma correta consideração dos custos ambientais envolvidos como parte
das políticas de desenvolvimento.
Mas existem perguntas que não
calam. Como valorar os gastos gerados para minimizar impactos? Debitar na conta
de quem os impactos ambientais negativos já gerados? Porem como não temos como
voltar no tempo, vamos deixar isso por conta da Lei 9.605, de 12 De Fevereiro
De 1998, e vamos em frente, em busca de novos rumos.
Até agora, entretanto, a despeito
da sustentabilidade, quando eu olho para os estados e municípios, observo que
tem prevalecido iniciativas que não levam em conta os recursos ambientais. No
passado, os recursos naturais no país, foram tradicionalmente explorados à
exaustão (Cavalcanti, 1991). Um caso ilustrativo atual é a jazida de 42 milhões
de toneladas de manganês no Amapá, a qual, de 1957 até meados da década de 90
foi completamente esgotada (Brito, 1994).
Hoje esta claro que uma
estratégia de desenvolvimento não pode se basear em tal forma predatória de uso
dos recursos naturais, na verdade, a questão sócio-ambiental deve ser levada em
consideração sempre, pois as iniciativas de desenvolvimento não podem mais
serem feitas baseadas somente em crescimento vertical de uma cidade, ou de
grandes obras que visam o progresso puro e simples, é necessário que hoje o
gestor tenha uma visão distinta do processo econômico, levando em conta a
dimensão biofísica, as leis e princípios da natureza, e o que se requer a
elaboração de regras para um desenvolvimento sustentável. Somente com uma
política comprometida com a sustentabilidade, fomentando a prevenção de fatores
que causem ameaças aos ecossistemas, como por exemplo, lixo poluição,
agronegócios insustentáveis, exploração de recursos renováveis, despreocupação
com os recursos finitos (água), é que teremos um desenvolvimento capaz de
suprir as necessidades do presente, sem comprometer a capacidade de gerações
futuras de satisfazer suas próprias necessidades.
Eu sou Charles Domingues, Gestor
Ambiental / Especialista Saneamento Ambiental / Especialista Engenharia
ambiental. Não deixe de ler o meu Blog: www.charlesdomingues.blogspot.com
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@charlesdomingue
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